Começou a atuar profissionalmente
ainda jovem, por volta dos 15 anos de idade. Trabalhou para um comerciante de
arte da cidade de Haia. Com quase vinte anos, foi morar em Londres e depois em
Paris, graças ao reconhecimento que teve. Porém, o interesse pelos assuntos
religiosos acabou desviando sua atenção e resolveu estudar Teologia, na cidade
de Amsterdã. Mesmo sem terminar o
curso, passou a atuar como pastor na Bélgica, por apenas seis meses.
Impressionado com a vida e o trabalho dos pobres mineiros da cidade, elaborou
vários desenhos à lápis.
O ano de 1886, foi de extrema
importância em sua carreira. Foi morar em Paris, com seu irmão. Conheceu,
na nova cidade, importantes pintores da época como, por exemplo, Emile Bernard,
Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin e Edgar Degas, representantes do
impressionismo.
Dois anos após ter chegado à França, parte para a cidade de Arles, ao sul do país. Uma
região rica em paisagens rurais, com um cenário bucólico. Foi neste contexto
que pintou várias obras com girassóis. Em Arles, fez único quadro que
conseguiu vender durante toda sua vida : A Vinha Encarnada.
Convidou Gauguin para morar com ele no
sul da França. Este foi o único que aceitou sua idéia de fundar um centro
artístico naquela região. No início, a relação entre os dois era tranqüila,
porém com o tempo, os desentendimentos foram aumentando e, quando Gauguin
retornou para Paris, Vincent entrou em depressão. Em várias ocasiões teve
ataques de violência e seu comportamento ficou muito agressivo. Foi neste
período que chegou a cortar sua orelha.
Seu estado psicológico chegou a
refletir em suas obras. Deixou a técnica do pontilhado e passou a pintar com
rápidas e pequenas pinceladas. No ano de 1889, sua doença ficou mais grave e
teve que ser internado numa clínica psiquiátrica. Nesta clínica, dentro de um
mosteiro, havia um belo jardim que passou a ser sua fonte de inspiração. As
pinceladas foram deixadas de lado e as curvas em espiral começaram a aparecer
em suas telas.
No mês de maio, deixou a clínica e
voltou a morar em Paris, próximo de seu irmão e do doutor Paul Gachet, que iria
lhe tratar. Este doutor foi retratado num de seus trabalhos: Retrato do Doutor
Gachet. Porém a situação depressiva não regrediu. No dia 27 de julho de 1890,
atirou em seu próprio peito. Foi levado para um hospital, mas não resistiu,
morrendo três dias depois.